Faz dois dias que os
servidores e técnicos entraram em greve na UEM, o que tem resultado uma série
de problemas dentro do campus. Os professores não estão conseguindo dar aulas,
devido à dificuldade de acesso as chaves, e mesmo agora, com as chaves em posse
do Reitor, sabe-se que as mesmas foram entregues sem identificação, o que
dificultará sua distribuição para abertura das salas. Mas isso é o de menos, o
que tem preocupado os alunos de diversos cursos é a falta de segurança no
campus. Assunto que já vem sendo discutido há muito tempo e que veio a tona com
a ausência do trabalho dos vigias dentro do campus. Um grupo foi criado pelos
estudantes da UEM com o intuito de informá-los a respeito da violência que
muitos têm sofrido dentro do campus, especialmente, neste período de greve.
Foram tentativas de estupro e diversos assaltos, a mão armada, em plena luz do
dia.
Essa situação tem
acarretado desespero geral entre os alunos que tem exigido dos Centros
Acadêmicos de seu curso um abaixo-assinado exigindo a greve dos estudantes até
que a situação caótica da UEM seja resolvida. Os alunos disseram que não vão
mais a Universidade para não correr o risco de sofrerem tal violência que tem
assombrado a todos. Entendemos a importância da autonomia universitária, que impede
o livre acesso da polícia no campus, pois o policiamento já se mostrou falho em
muitos aspectos, quando se preocupa em repreender e criminalizar estudantes ao
invés de cuidar da segurança dos mesmos. Mas agora, com a vigilância da UEM em
greve, que tem o poder de acionar a policia, caso ocorra algum caso de
violência no campus ou depredação do patrimônio público, fica difícil transitar
no campus da UEM, que se tornou terra de ninguém, lugar ideal para ação de
pessoas de má-fé.
Enviamos e-mail aos
professores do departamento de filosofia explicando a situação de violência no
campus e pedindo um posicionamento, e diante da dificuldade de discutir
pessoalmente com os estudantes da filosofia sugerimos aos professores a
paralisação das aulas do curso de filosofia até que tenhamos reais condições de
segurança durante nossa permanência no campus. Vale lembrar que a professora
Andreia encontra-se em processo de transferência, e que a qualquer momento pode
ser chamada para a UEL, diante dessa situação, decidimos conversar com ela a
respeito da possibilidade de encontrarmos um local seguro, fora do campus, para
que possa ministrar suas aulas, para que os alunos da disciplina de
epistemologia III não sejam prejudicados, pois com o retorno das atividades,
poderão contar com a ausência dessa professora e de suas aulas
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