quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Nota do CAFIL a respeito da possibilidade de paralisação do curso de filosofia pelos estudantes devido a situação de violência no Campus da UEM.


Faz dois dias que os servidores e técnicos entraram em greve na UEM, o que tem resultado uma série de problemas dentro do campus. Os professores não estão conseguindo dar aulas, devido à dificuldade de acesso as chaves, e mesmo agora, com as chaves em posse do Reitor, sabe-se que as mesmas foram entregues sem identificação, o que dificultará sua distribuição para abertura das salas. Mas isso é o de menos, o que tem preocupado os alunos de diversos cursos é a falta de segurança no campus. Assunto que já vem sendo discutido há muito tempo e que veio a tona com a ausência do trabalho dos vigias dentro do campus. Um grupo foi criado pelos estudantes da UEM com o intuito de informá-los a respeito da violência que muitos têm sofrido dentro do campus, especialmente, neste período de greve. Foram tentativas de estupro e diversos assaltos, a mão armada, em plena luz do dia.
Essa situação tem acarretado desespero geral entre os alunos que tem exigido dos Centros Acadêmicos de seu curso um abaixo-assinado exigindo a greve dos estudantes até que a situação caótica da UEM seja resolvida. Os alunos disseram que não vão mais a Universidade para não correr o risco de sofrerem tal violência que tem assombrado a todos. Entendemos a importância da autonomia universitária, que impede o livre acesso da polícia no campus, pois o policiamento já se mostrou falho em muitos aspectos, quando se preocupa em repreender e criminalizar estudantes ao invés de cuidar da segurança dos mesmos. Mas agora, com a vigilância da UEM em greve, que tem o poder de acionar a policia, caso ocorra algum caso de violência no campus ou depredação do patrimônio público, fica difícil transitar no campus da UEM, que se tornou terra de ninguém, lugar ideal para ação de pessoas de má-fé.
Enviamos e-mail aos professores do departamento de filosofia explicando a situação de violência no campus e pedindo um posicionamento, e diante da dificuldade de discutir pessoalmente com os estudantes da filosofia sugerimos aos professores a paralisação das aulas do curso de filosofia até que tenhamos reais condições de segurança durante nossa permanência no campus. Vale lembrar que a professora Andreia encontra-se em processo de transferência, e que a qualquer momento pode ser chamada para a UEL, diante dessa situação, decidimos conversar com ela a respeito da possibilidade de encontrarmos um local seguro, fora do campus, para que possa ministrar suas aulas, para que os alunos da disciplina de epistemologia III não sejam prejudicados, pois com o retorno das atividades, poderão contar com a ausência dessa professora e de suas aulas

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