No final de hoje, 11 de setembro, primeiro dia de greve dos
funcionários da UEM temos um saldo estarrecedor: de manhã os
professores foram impedidos de dar aulas. Portões, banheiros e salas de
aulas estavam fechados. A tarde os professores foram impedidos de entrar
em suas salas de estudo.
No G-56 o miolo da chave da porta principal foi trocado impedindo que
docentes do Departamento de Física entrassem em suas próprias salas no
piso térreo.
No G-67, em uma das duas salas de pesquisa do Departamento de Física,
um aluno ficou trancado nessa sala porque um vigia trocou o miolo da
porta e deixou-o lá . Isto constitui cárcere privado.
O reitor receberá amanhã a notificação do chefe de Departamento.
No bloco de pós-graduação da Enfermagem um vigia quis retirar a força uma professora de sua sala de pesquisa.
Em torno das 15h um vigia chegou ao C-67, no Departamento de
Informática e obrigou a professora Raqueline a sair da sala e seus
alunos. Ameaçou-os: se eles não saíssem ele trancaria a professora com
os alunos dentro do bloco. Esse mesmo vigia tentou tirar outro professor
do bloco, mas este reagiu e disse que iria chamar a polícia.
Uma professora do Departamento de Fundamentos da Educação foi até o
Comando de greve buscar a chave da sala em que dava aula, mas lhe foi
negada a chave. Ela faria uma avaliação hoje.
Dado esse abuso do exercício do direito a diretoria da SESDUEM foi conversar com o reitor, pela segunda vez no dia. Na sala de espera da reitoria outros professores engrossaram a fila para denunciar os abusos.
O reitor disse-nos para conversar com o comando, o comando de greve
remete os professores ao reitor. Nesse jogo os professores ficam como
marionetes do Sinteemar e da administração. Somos obrigados a peregrinar
pela Universidade sem que ninguém responda administrativamente por
nosso salvo conduto.
Será que a Universidade não precisa de professores?
Não tivemos até agora nenhuma resposta da administração, nem reitor,
nem vice-reitora e nem do prefeito do Campus com os quais conversamos
hoje.
CONTINUAMOS SOLIDÁRIOS À LUTA DOS SERVIDORES TÉCNICOS DA
UNIVERSIDADE, mas a luta de uma categoria NÃO PODE SER A PUNIÇÃO DE
OUTRA.
Já tivemos uma luta árdua desde o dia 7 de março até 23 de
agosto de 2012 para equiparar nosso salário ao salário dos funcionários.
Agora somos tratados como párias pelos colegas. Não é justo, não é
ético, não é político.
Solicitamos a cada chefe de departamento, ou professor que
oficialize o abuso de vigias que, em nome da greve, intimidam docentes.
Matéria públicada no site da SESDUEM - http://www.sesduem.com.br/?p=1687
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