sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

UEM faz campanha contra o trote violento.

Diga não ao trote violento,
pratique uma recepção solidária

A entrada na Universidade marca, por um lado, o início e, por outro, o fim de uma era de estudos de uma pessoa. É, também, o período que marca o início do final da  adolescência tardia – que só acaba depois da faculdade.  O ritual de entrada no ensino  superior é transcultural, isto é, um hábito que existe em várias culturas. A recepção ao  calouro não é, pois, uma exclusividade brasileira muito menos foi inventada no Brasil. 


Segundo  historiadores,  esse  ritual surgiu  na  Europa,  na  Idade  Média.  Em  algumas culturas indígenas,  a  passagem da  adolescência para  a  idade  adulta de meninos  e meninas também é marcado por um ritual, e a partir deste momento os índios estariam aptos a se manterem por si só e formarem uma família. 
A recepção aos calouros serve para impedir que a entrada na vida universitária seja banalizada como apenas mais uma fase da vida estudantil. Essa recepção busca sinalizar, portanto, que essa é uma das fases mais importantes na vida de uma pessoa, pois  define  o  seu  futuro.  Porém,  as  distorções  violentas  dessa  recepção  são absolutamente  desnecessárias  e  podem tornar  este  rito  de  passagem traumático  e 
muito mal visto por toda a sociedade
Ninguém pode ser obrigado a participar de algo que não queira. Quando o aluno é agredido fisicamente ou se sente humilhado, ele pode recorrer a instâncias na própria Universidade que servem para investigar os fatos e punir os responsáveis. Normalmente, os alunos que agridem são aqueles que sofreram agressões semelhantes no passado e repetem esse tipo de  comportamento  perpetuando algo questionável. Portanto importante que haja um ato de altruísmo de todos aqueles que já sofreram violência para que essa corrente nefasta seja quebrada e não se mantenha ativa.
Deve-se  incentivar  que  essa  recepção  tenha  um  caráter  solidário,  como arrecadar roupas  ou  alimentos para  alguma  instituição  filantrópica,  limpar  e  pintar escolas, plantar árvores, recolher lixo em fundos de vale, doar sangue, doar medula óssea etc. Estes dois últimos podem, inclusive, ser feitos no Hemocentro do Hospital Universitário  de  Maringá.  Assim,  na  UEM,  ficam  proibidas  todas  as  ações  contra  a integridade física ou moral dos CALOUROS ou contra a sua livre circulação, tais como:
•Cortar cabelo.
•Ofender a integridade física, moral ou psicológica dos calouros.
•Usar  tintas.
•Usar bebidas alcoólicas, dentro e nas imediações do Câmpus,
•Constranger qualquer pessoa a fazer o que não quer.
•Retirar calçados dos alunos, obrigando-os a andar descalços.
•Utilizar lama, barro ou qualquer outra coisa para sujar os calouros .
•Utilizar produtos tóxicos em geral.
•Danificar ou alterar o patrimônio da Universidade ( Não serão permitidas que as salas
de aula sejam bagunçadas e sujas!).
•Interromper as aulas dos professores sem que haja o consentimento dos mesmos para
que a recepção seja realizada.


Os atos excessivos praticados na recepção poderão ser enquadrados na resolução 08/2007 – COU, que estabelece o Regime Disciplinar Discente ao qual estão sujeitos os membros do corpo discente da instituição, além, eventualmente de caracterizar crimes definidos no Código Penal Brasileiro, como por exemplo:  

EXTORSÃO Artigo  158  -  Constranger  alguém, mediante violência  ou  grave ameaça,  e  com  o intuito  de  obter  para si  ou  para  outrem  indevida vantagem econômica,  a fazer, tolerar  que se faça  ou  deixar fazer  alguma  coisa. PENA - reclusão, de quatro a dez anos, e multa.
INJÚRIA Artigo 140 - Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro. 
PENA - detenção, de um a seis meses, ou multa; 
CONSTRANGIMENTO ILEGAL Artigo 146 - Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, ou depois de lhe haver reduzido, por qualquer outro meio, a capacidade de resistência, a não fazer o que a lei permite, ou a fazer o que ela não manda. PENA - detenção, de três meses a um ano, ou multa; 
LESÃO CORPORAL
Artigo 129 - Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem. 
PENA - detenção, de três meses a um ano.


Caso necessite, use o “Disque denúncia” para ações dentro da UEM:
0800-6434278
UEM / PEN / DEG / PCU / AS





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