segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Grupos de Pesquisas na Filosofia da UEM

Ao estudante que se interessar em ingressar nos grupos de pesquisa, procure o professor responsável.


A Resposta de Kant a Hume quanto ao Problema da Causalidade
Profa. Andréa Luisa Bucchile Faggion - andreafaggion @yahoo.com.br
Apresentação
em função da letra do texto do próprio Kant que se atribui importância fundamental a Hume como seu interlocutor. Por mais que pesem as referências constantes de Kant a Locke e Leibniz, por exemplo, é o filósofo escocês que nos é apresentado pelo prussiano como, de certa forma, um motivador de sua própria filosofia, afinal, teria cabido a Hume a tarefa de retirar Kant da trilha intelectualista da metafísica tradicional, despertando-o de seu sono dogmático (cf. Prol. A 13) . No entanto, ainda que Kant considere o ataque de Hume à metafísica como a ocorrência mais decisiva da história desta (cf. Prol. A 7), também é verdade que o filósofo crítico rejeitou os momentos positivos, digamos assim, do trabalho de Hume (cf. Prol. A 13). Assim, como é natural, muito se tem escrito a respeito do papel exato que concessões a Hume teriam desempenhado na gênese da Crítica da Razão Pura de Kant, mas também sobre o que Kant teria tido que responder a Hume, ou seja, quais seriam os pontos de continuidade e de ruptura entre ambos os filósofos. Neste trabalho, discutimos esse problema no que diz respeito, especificamente, ao conceito de causalidade.

Estética e Ontologia
Prof. Cristiano Perius - cristianoperius@hotmail.com
Apresentação
O projeto de trabalho busca aliar, na reflexão filosófica, três linhas de pesquisa mestras: fenomenologia, ontologia e filosofia da linguagem. O autor privilegiado, que articula essas linhas de temática, é Merleau-Ponty, tendo em vista seu amplo diálogo com praticamente todos os expoentes de sua época: Saussure, em lingüística, Heidegger e Husserl, em filosofia e Köhler e Koffka, em psicologia. Seja pela caracterização da obra de arte, que respeita uma ontologia, uma fenomenologia e uma filosofia da linguagem (no caso da literatura), ou através da História da Filosofia, mais precisamente através da crítica da razão metafísica, de Kant e de Descartes, estamos diante de um entrecruzamento de conceitos e idéias apto ao cenário das questões da filosofia contemporânea.

A fundamentação sistemática da moralidade na filosofia crítica de Immanuel Kant
Prof. João Hentges - jhentgesuem@hotmail.com
Apresentação
A fundamentação da moralidade na filosofia de Kant não se restringe simplesmente à filosofia prática, mas perpassa todo seu sistema filosófico. Por isso, só pode ser compreendida sob a perspectiva sistemática, pois o uso teórico e prático da razão coexiste um com o outro sem se contradizerem mutuamente. A pesquisa consistirá basicamente de leitura e análise de textos e obras do autor e de comentadores, com o intuito de investigar e reconstruir a unidade sistemática da filosofia prática de Kant, especialmente sob a perspectiva da fundamentação do princípio supremo da moralidade e expor os principais conceitos de sua ética. Para tanto, procurar-se-á: a) Analisar e esclarecer as noções de noumenon em sua significação negativa e positiva e a distinção entre o conceito de barreira (Schranke) e limite (Grenze) na Crítica da razão pura, enquanto conceitos essenciais para a possibilidade da moralidade em Kant; b) Mostrar que, apesar dos conflitos dialéticos da razão pura enquanto uma dialética da ilusão, os conceitos Deus, liberdade e imortalidade são conceitos necessários da razão; c) Analisar a Terceira antinomia da razão pura com a finalidade de mostrar que é possível conciliar liberdade e necessidade por leis da natureza enquanto causalidades distintas e não-conflitantes; d) Esclarecer a noção de Faktum da razão.

As fontes clássicas da filosofia da história de Vico
Prof. Vladimir Chaves dos Santos - vcsantos@uem.br
Apresentação
A presente pesquisa pretende investigar os conceitos de ciclo e de progresso no pensamento antigo, de tal modo que isso possa enriquecer o estudo da filosofia da história em Giambattista Vico. Esta pesquisa pode ser dividida em três etapas. Na primeira e na segunda aborda-se respectivamente a filosofia da história de Platão e a de Políbio, em vista de uma compreensão da noção de ciclo nesses autores. Na terceira etapa, pretende-se analisar a obra de Lucrécio, rastreando a noção de progresso. A teoria cíclica da história tem muitas variantes. Em Vico, a teoria cíclica é adaptada a uma teoria do progresso. Platão e Políbio apresentam teorias cíclicas diferentes, que são referência para a teoria da história de Vico. Platão é uma das fontes declaradas para a reflexão sobre os primeiros tempos. Políbio é importante para a explicação das causas humanas que concorrem para o fenômeno da recorrência na história

AS FONTES CLÁSSICAS DO REPUBLICANISMO MODERNO
prof. José Antonio Martins - zeamartins@hotmail.com
Apresentação
O presente projeto pretende investigar as fontes teóricas do pensamento político republicano do renascimento italiano. A partir das análise das concepções de regime misto presentes no pensamento político platônico, aristotélico, polibiano fazer o cotejamento com as concepções republicanas do pensamento político ciceroniano, afim de identificar semelhanças e divergências teóricas. Em seguida verificar se essas concepções de regime misto e república são transmitidas e influenciam os pensadores do renascimento italiano, a ponto de poder-se constatar se há ou não uma tradição de pensamento político republicano ligando que ligue os autores do renascimento italiano ao pensamento político antigo ou clássico.




Cultura e Sociedade Unidimensional
Robespierre de Oliveira - robespierre@pop.com.br
Apresentação
O projeto discute a teoria crítica da sociedade, enfocando o problema da cultura na sociedade contemporânea. A sociedade industrial avançada foi caracterizada por Marcuse como sociedade unidimensional por não mais possuir a dimensão da liberdade. A discussão entre cultura e sociedade não diz respeito apenas à arte, mas também aos aspectos políticos e econômicos da sociedade. Para um aprofundamento maior da temática propõe-se o estudo de pesquisadores que seguiram a teoria crítica, o seu legado, ou estão em seu horizonte. A perspectiva principal visa a dinâmica entre mudança e contenção social do ponto de vista da cultura.

Fé e razão no Proslogion de S. Anselmo
Prof. Paulo Ricardo Martines - martinespr@uol.com.br
Apresentação
Trata-se de um estudo geral e tradução comentada da obra Proslogion, de S. Anselmo. Esta obra é uma meditação sobre a razão da fé, realizada por aquele que raciocina consigo em silêncio, a fim de explorar aquilo que não sabe. O centro dessa meditação ao qual converge esse esforço da atividade raciocinante é Deus, e tudo o que cremos a seu respeito. O Proslogion está intimamente ligado ao Monologion, não apenas do ponto de vista cronológico apenas dois anos os separam mas também com referência à preocupação que orienta essa obra: a de ser uma meditação sobre a essência divina. Razão e fé estão presentes ao longo da composição deste tratado. Inicialmente, poderíamos pensá-los como termos antagônicos, assim como filosofia e cristianismo. Mas, antes de tudo, eles apresentam uma unidade essencial entre si, de modo a formar um exemplo sugestivo de uma filosofia cristã


O problema dos universais. Uma perspectiva tomásica.
Prof. Marco Aurélio Oliveira da Silva - maosilva@uem.br
Apresentação
Na presente pesquisa, trataremos da teoria de Tomás de Aquino sobre os universais. O problema dos universais é tão antigo quanto a própria filosofia. Desde Platão e Aristóteles, passando por toda a idade média, até autores contemporâneos como Quine e Armstrong, vimos surgir várias escolas e doutrinas sobre a natureza dos universais. No caso de Tomás de Aquino, o que nos move a investigar sua teoria é a pouca importância dada à solução de Tomás à questão, rotulada no final da escolástica de realismo ingênuo. Contudo, como esperamos ver com o andamento desta pesquisa, algo importante para entender a teoria tomásica dos universais passa pelo entendimento de sua teoria da abstração _que, aliás, consiste um dos tipos de abstração na própria abstração do universal a partir do particular. Contudo, a própria teoria da abstração apresenta suas particularidades dentro da tradição de comentário tomista, principalmente pela influência da interpretação do Cardeal Cajetano. Contudo, o principal objetivo desta tese é buscar uma interpretação mais próxima do texto de Tomás, livre, portanto, das camadas de comentários que viciaram a interpretação do aquinate. Contudo, os comentários não serão rejeitados irrefletidamente, sendo acatados quando julgar que correspondem, senão à letra, pelo menos à intenção do doutor angélico.



Informações retiradas do site do DFL: http://www.dfl.uem.br/index.php

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