segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Nota de repúdio ao atraso do pagamento aos bolsistas do programa bolsa-trabalho da UEM

Durante as férias, com os estudantes desmobilizados, a administração da UEM, via CAD (conselho administrativo) optou pelo corte das bolsas-formação-acadêmica, conhecida como bolsa-trabalho. Com muito esforço, algumas entidades estudantis mobilizaram os estudantes que cumpriam seus últimos momentos de trabalho na UEM, e que já haviam recebido a noticia da dispensa. A UNE, UPE, DCE e alguns CA´s, dentre eles o CAFIL (CA de Filosofia) esteve presente nas discussões e mobilizações contra o corte das bolsas-trabalho.

Relembre as notícias a respeito do corte das bolsas-trabalho publicado em nosso blog:



(02) - Resolução do CAD a respeito das bolsas oferecidas pela UEM: http://www.tocadasofia.blogspot.com/2012/01/resolucao-do-cad-n0912010-sobre-as.html

(03) - Convocação de Assembléia Geral dos estudantes bolsistas: http://www.tocadasofia.blogspot.com/2012/01/resolucao-do-cad-n0912010-sobre-as.html


Depois de muita discussão, em assembléia geral, os estudantes optaram por uma reunião com o Reitor, buscando rever a situação do corte das bolsas. Em reunião, foi deliberado pelo Reitor, em nome de toda administração da universidade, que os estudantes bolsistas, no próximo dia útil, poderiam retornar aos seus trabalhos e outros, poderiam se inscrever no programa de bolsa-formação acadêmica.


Vale lembrar que o Reitor deixou claro que, mesmo que a UEM ofereça 436 bolsas-formação-acadêmica, serão preenchidas apenas a quantidade de bolsas que foram utilizadas para a manutenção da UEM no ano de 2011. Se foram utilizadas apenas 300 bolsas, somente essas 300 serão ofertadas, e as outras, segundo o Reitor, consideradas ociosas, serão revertidas a programas de pesquisa para os estudantes inscritos na DCT.

Após essa discussão, os estudantes voltaram ao trabalho e novos alunos se inscreveram para o programa de bolsa-trabalho junto a DCT. Infelizmente o problema não foi solucionado,um novo problema surgiu na vida desses bolsistas: o programa bolsa-trabalho não pagou a bolsa dos estudantes, referente aos meses de Dezembro e Janeiro, e os novos inscritos no programa não foram solicitados para o trabalho e muito menos para a pesquisa com bolsa.

O CAFIL é solidário aos problemas que os estudantes do programa bolsa-trabalho vêm sofrendo. Esses estudantes, que se dispuseram ao trabalho de 4 horas semanais como mão-de-obra barata, e que servem para suprir o déficit de funcionários da UEM, não estão lá à toa. A dedicação de 20 horas semanais, que poderia ser aproveitada com descanso ou estudo, não é à toa, mas é resultado da vontade que esses alunos têm de se manter na graduação. Como nada é de graça, para a manutenção, é necessário dinheiro que pague as contas da moradia, alimentação, vestimentas e, além disso, para a compra de materiais, necessidades básicas. mantidas pelos estudantes do bolsa-trabalho com o dinheiro recebido pelo programa.

Vale lembrar que o caos gerado dentro da UEM é resultado das ações tomadas pelo governo Beto Richa (PSDB) que cortou parte da verba que é destinada as IES. Na UEM, o corte de 38% levou a administração a optar pelo corte de gastos. Mas não podemos abaixar a cabeça diante das decisões da administração da UEM em atacar, como resultado das ações do governo do Estado, os estudantes do programa bolsa-trabalho. Não podemos nos calar diante de uma política que só pensa no seu próprio umbigo e que gasta milhões com a reforma do palácio do governador do Estado do Paraná (veja a matéria: http://www.gazetadopovo.com.br/vidapublica/conteudo.phtml?id=1216046), colocando de lado a necessidade do povo paranaense e, em especial a esse post, da juventude que depende do programa bolsa-trabalho para conseguir se manter durante seus estudos na universidade.

EDUCAÇÃO PÚBLICA E DE QUALIDADE É UM DIREITO DE TODOS E UM DEVER DO ESTADO.

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