quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

UEM aprova indicativo de greve para o dia 14

Professores e funcionários de cinco universidades estaduais do Paraná ameaçam entrar em greve no dia 14 de março, caso o governo não abra negociações. O Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino de Maringá (Sinteemar) realizou ontem uma assembleia e decidiu apoiar o indicativo de greve, que já havia sido aprovado pelos sindicatos das universidades de Londrina (UEL), Unioeste (Cascavel) e Unicentro (Guarapuava) e de Ponta Grossa (UEPG). 
"Decidimos realizar uma assembleia permanente pela paralisação das atividades no dia 14 e, até lá, faremos vigília em Maringá", explicou o presidente do sindicato, Eder Rossato. No dia 7 de março, haverá uma concentração no centro de Curitiba e, caso o governo do Estado não abra negociações, a partir de 14 de março os funcionários entram em greve.
O presidente do Sinteemar disse que a categoria está descontente com o não cumprimento de propostas com as quais o governo teria concordado em negociações anteriores. "No caso dos docentes, pede-se o envio de um projeto de lei para a Assembleia Legislativa, que está pronto desde dezembro e deveria entrar em vigor em janeiro, que prevê a restruturação da tabela salarial em 9,61% aplicados nos anos de 2012, 2013 e 2014. 
Em relação aos técnicos, não houve a conclusão dos trabalhos para o projeto de lei, que deveria estar pronto e ser enviado ainda neste mês para a Assembleia. 
O governo suspendeu as reuniões e a proposta não está construída", disse. 
Os professores também exigem equiparação salarial com os técnicos administrativos do Estado, que têm a mesma formação. Segundo os professores, um técnico em início de carreira ganha R$ 2.382,77, e um professor auxiliar, R$ 1.808,82. Eles também querem a revisão dos cortes dos recursos para custeio das universidades e mais autonomia administrativa. 
"Tudo isso está ameaçando o ensino público gratuito, democrático e de qualidade. A UEM foi eleita pelo 4º ano consecutivo a melhor universidade do Paraná, a 12ª melhor do País e a 19ª melhor da América Latina. Acreditamos que as movimentações por parte do Estado comprometerão a qualidade de ensino", alertou Rossato.
Procurada pela reportagem, a Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Estado não se manifestou a respeito do indicativo de greve e das reivindicações apresentadas.

Fonte: jornal "O Diário" de Maringá.

Nenhum comentário:

Postar um comentário