terça-feira, 18 de dezembro de 2012

O desafio de lecionar filosofia

Obrigatória no ensino médio há quatro anos, disciplina não desperta interesse nos estudantes. Filósofos tentam encontrar solução para mudar esse quadro.
Por: Célio Yano
Publicado em 29/11/2012 | Atualizado em 29/11/2012
O desafio de lecionar filosofia
Sala de aula vazia. Tornar a filosofia interessante para alunos de ensino médio é o grande desafio dos professores da área. (foto: Tiffany Szerpicki/ Sxc.hu)
Filósofos têm usado uma expressão bastante popular para definir a decisão do Ministério da Educação de instituir, em 2008, a obrigatoriedade do ensino de filosofia para alunos de nível médio. A medida, que, por um lado, é vista como positiva, por outro, teria sido ‘enfiada goela abaixo’, uma vez que não foi precedida de iniciativas que permitissem sua aplicação de modo eficiente.
Filósofos de todo o país defendem a criação de linhas de pesquisa e até programas de pós-graduação específicos para o desenvolvimento do ensino nas escolas
Tanto é que quatro anos depois da sanção da lei 11.684/2008, que inclui a disciplina de filosofia – além da de sociologia – no currículo do ensino médio, grande parte dos professores está despreparada para lidar com a matéria, constatam os pesquisadores da área. Diante do problema, filósofos de todo o país defendem a criação de linhas de pesquisa e até programas de pós-graduação específicos para o desenvolvimento do ensino nas escolas.
Na Associação Nacional de Pós-graduação em Filosofia (Anpof), o tema ganha cada vez mais espaço. No último encontro nacional da entidade, realizado no fim de outubro em Curitiba, um conjunto inédito de eventos paralelos foi organizado para discutir os problemas e as possíveis soluções envolvidas com a questão.
Para Patrícia Velasco, da Universidade Federal do ABC (UFABC), o primeiro ponto a se refletir é que, apesar de ter relação com a área de educação, o ensino de filosofia deveria ser objeto de estudo por parte de filósofos. “Hoje, o professor que pretende se especializar tem de recorrer a programas de pós-graduação na área de educação”, lembrou, durante o encontro da Anpof.
“Acredito que há pressupostos filosóficos no ensino de filosofia, como a própria identidade da filosofia”, disse. “Diferentes respostas geram diferentes métodos de ensino.” Daí viria a necessidade de criação de programas de pós-graduação, em filosofia, voltados para a pesquisa sobre ensino, o que ainda não existe no Brasil.
Embora não seja consensual, muitos pesquisadores defendem a criação de mestrados profissionais em filosofia para aprimorar a formação de professores de educação básica. O modelo seria o mesmo do Profmat, programa de especialização financiado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) para professores de matemática da rede pública.

Governo não irá implantar 33% de hora atividade em janeiro

Proposta é de 25% em 2013 e aumento progressivo de acordo com tempo de serviço efetivo a partir de 2014.


Nesta quinta-feira (13), às vésperas da assembleia da categoria, o governo do Estado, em reunião com a direção da APP, apresentou sua proposta para a implementação da hora-atividade a partir de 2013 e encaminhamentos sobre vários itens da pauta de reivindicação da categoria.
No tema da hora-atividade, o governo voltou atrás no acordo feito com a categoria de implementar os 33,3% no início de 2013. Posição que os dirigentes da APP questionaram veementemente na reunião. A proposta prevê aplicação de 25% de hora-atividade em 2013 e aumento progressivo, em razão do tempo de serviço, a partir de 2014.
Outro ponto de recuo do governo foi a retirada, no projeto de alteração do plano de carreira, do reconhecimento da graduação para os agentes educacionais I e da pós-graduação para os agentes II, o que já estava negociado com o sindicato. Segundo o governo, o projeto será encaminhado para a Assembleia Legislativa na próxima semana.
Foi confirmado na reunião o pagamento do 13º salário nesta sexta-feira para os educadores efetivos e também para os PSS. A folha de dezembro deve ser paga aos servidores no dia 28. Nela estará incluído o pagamento das progressões em atraso, incluindo os meses de outubro, novembro, dezembro e a diferença do 13º. Contudo os avanços dos professores da turma PDE 2010 não estarão na folha. A previsão é que estes valores estejam incluídos na folha de janeiro. Ficou confirmado também o pagamento do 1/3 de férias em janeiro de 2013.
Veja os principais pontos debatidos no encontro:
Hora-atividade - Os representantes da Seed iniciaram a discussão deste assunto afirmando que já cumpre os 33,3%. Para justificar esta tese, o governo utilizou os cálculos já empregados por outros Estados, como São Paulo, tomando como base a jornada de 20 horas/relógio - e não 20 horas/aula, desconsiderando que no Paraná a hora/aula é de, no máximo, 50 minutos.
A secretaria contabilizou estes 10 minutos remanescentes entre uma aula e outra, o que levaria a concluir que o período de hora-atividade já é de 1/3. A APP é radicalmente contra esse cálculo, por entender que ele fere frontalmente o espírito da Lei do Piso e a luta histórica dos trabalhadores em educação de todo o país.
Baseado nesta avaliação, o governo apresentou neste momento uma tabela de implantação progressiva da hora-atividade, de acordo com o tempo de serviço efetivo de cada professor, a iniciar-se em 2014, conforme o quadro abaixo:

Previsão de greve dos professores de rede pública de educação para Março de 2013

Após o Governo do Estado implementar 33,3% de hora-atividade para os professores da rede pública de educação e retirar o reconhecimento de graduação para o agente educacional I e da pós-graduação para o agente II do projeto de lei que altera o plano de carreira de funcionários, os professores ameaçam entrar em greve em meados de Março de 2013.

Entre as principais reivindicações da categoria estão:

- A pauta salarial dos professores que incluirá cumprimento da Lei do Piso Salarial Profissional Naciona (que deve ter novo reajuste de janeiro de 2013);
- Reajuste da data-base geral dos servidores, em maio;
- Equiparação salarial dos professores aos demais servidores de nível superior;


Noticia retirada do seguinte site: http://catve.tv/noticia/6/47183/professores-sinalizam-greve-em-marco

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Como resultado das manifestações contra a redução das aulas de Filosofia, Sociologia, Ed. Física, Artes e LEM, o governo do Estado rediscute e define nova matriz curricular mantendo as aulas das disciplinas em questão.

A Secretaria de Estado da Educação definiu nesta quarta-feira (12) o formato da nova matriz curricular de referência para os anos finais do Ensino Fundamental nas escolas da rede estadual de educação básica.

Em reunião com a participação dos 32 Núcleos Regionais de Educação, ficou definido que a nova matriz manterá 25 aulas semanais e passará a ter uma ênfase maior nas disciplinas de matemática e língua portuguesa, que terão 5 aulas semanais cada uma. A medida atinge cerca de 800 mil estudantes do 6º ao 9º ano do ensino fundamental das escolas estaduais.

De acordo com o secretário da Educação e vice-governador Flávio Arns, o debate sobre a necessidade de alterar a matriz curricular nas escolas estaduais começou em 2011, em vários encontros.

A proposta preliminar previa alterar também a matriz curricular do Ensino Médio, com aumento da carga horária semanal em duas aulas, de 25 para 27 aulas. Foi discutida também uma proposta de uma matriz de 30 aulas semanais de 45 minutos, sugerida pela Secretaria da Educação.

“Decidimos optar por uma alteração gradativa, começando pelo Ensino Fundamental, aumentando a ênfase nas disciplinas de português e matemática e preparando os alunos para o novo ensino médio, que está em processo de discussão em todo o país”, afirmou o secretário.

Arns disse que, ao decidir pela alteração da matriz curricular no ensino fundamental, o Estado amplia o espaço para debater o tema com os municípios, responsáveis pelo transporte escolar de 250 mil estudantes das redes estadual e municipal.

“É preciso discutir soluções logísticas para aumentar a carga horária no ensino médio nas escolas porque, além do transporte escolar, é preciso ter um quadro de apoio na escola para atender especialmente as crianças menores”, afirma o secretário. “Em muitos municípios, são prefeitos novos que vão assumir o cargo, ou às vezes os contratos do transporte escolar já foram assinados.”

Ainda segundo o secretário, a opção por manter a matriz curricular do Ensino Médio vai permitir que haja tempo no decorrer do ano para discutir o assunto com todas as instituições interessadas.

Junto com a matriz, o debate sobre o ensino médio deverá incluir outras questões importantes, como a intensificação do ensino médio profissionalizante e a oferta de ensino profissionalizante concomitantemente com o ensino regular, em dois turnos, e as atividades de contraturno e do ensino em tempo integral.

“Vamos aproveitar para estender a abordagem para tratar de outros grandes desafios - como a evasão escolar, a reprovação, o conteúdo das disciplinas, as novas tecnologias e a metodologia de ensino - que geram impacto no processo pedagógico”, disse o secretário.

Além disso, nesse período o Ministério da Educação poderá se manifestar sobre a proposta elaborada pelos secretários estaduais de Educação de todo o país que se reuniram em Curitiba, em novembro, e fecharam um documento com propostas para o ensino médio.

“O Conselho Nacional de Secretários de Educação está debatendo a questão do Ensino Médio há meses e entregou ao ministro da Educação um conjunto de propostas que contemplam todos os estados e as regiões do país”, afirmou Arns. “Todos querem uma reorientação do ensino médio e a carga horária é um dos pontos a ser levado em consideração.”

O secretário afirma que, ao criar uma nova matriz de referência para o ensino fundamental, que atinge a maioria dos estudantes, será possível preparar o aluno de maneira mais consistente para os desafios do Ensino Médio, além de permitir planejar melhor a rede de ensino.

Entre as vantagens de ter uma matriz de referência estão a garantia da oferta do mesmo número de aulas em todas as disciplinas para todos os estudantes, maior facilidade para organizar o trabalho pedagógico, facilidade para a transferência de alunos entre escolas e entre municípios ou estados, e também a maior possibilidade de organização da hora atividade concentrada com os professores de cada disciplina.





Notícia retirada do site:  http://www.educacao.pr.gov.br/modules/noticias/article.php?storyid=4077&tit=Definida-nova-matriz-curricular-de-referencia-para-o-ensino-fundamental

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Reunião entre UEM e Prefeitura de Mgá discutem transposição da UEM entre outras.

O Reitor da Universidade Estadual de Maringá, Prof. Dr. Julio Santiago Prates Filho e a Vice-Reitora, Profa. Dra. Neusa Altóe, convidam para uma reunião, a ser realizada no dia 13/12/2012 (quinta-feira), às 14h30, no Auditório do PDE, bloco B-33, com a presença do Prefeito Municipal de Maringá, Silvio Magalhães Barros II, para tratar de assutos de interesse de ambas as partes, inclusive sobre o projeto de transposição da UEM, que tem o intuito de construir um túnel que ligará a rua Luro Werneck a Vila Esperança, ou seja, um túnel que irá cortar a UEM.
"A possibilidade da construção do túnel, que cortará o campus, provavelmente, entre BCE e Restaurante Universitário, além de se apresentar como um grande transtorno, por exigir a demolição de blocos novos, máquinarios circulando, barulho e etc. Teremos que, posteriormente, conviver com o barulho do trânsito embaixo das salas de aula. Sem contar que, há fortes indicios de que o desespero pela transposição da UEM, abrir o túnel que ligue a rua Lauro Werneck até a Vila Esperança, é um interesse voltado a especulação imobiliária."
 
Contamos com a presença de todos, por se tratar da discussão de um projeto de grande interesse para a nossa Instituição.



Maringá, 10 de dezembro de 2012

domingo, 9 de dezembro de 2012

" O principal destaque da UEM foi o curso de licenciatura em Filosofia, que ficou com conceito 5, tanto nos CPC quanto no Enade".

UEM é a melhor universidade do Paraná segundo o MEC Imprimir E-mail
07 de dezembro de 2012
 
A UEM voltou a ser a melhor universidade do Paraná, segundo o Ministério da Educação (MEC). O resultado é baseado nos conceitos do Índice Geral de Cursos (IGC), referentes ao ciclo de avaliações entre 2008 e 2011, divulgados no último dia 6 (quinta-feira), por meio do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). 

O IGC sintetiza, em um único indicador, a qualidade de todos os cursos de graduação, mestrado e doutorado. O conceito varia entre 1 e 5. Pelo ranking, a UEM é a primeira colocada no estado, com 3,60 pontos, seguida pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), que obteve 3,54 pontos. A Universidade Estadual de Londrina (UEL) ficou com 3,50 pontos, e a Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) com 3,30. A faixa IGC é a mesma para as quatro instituições (4). Confira a planilha completa do IGC neste link.

Também foram divulgados os resultados dos Conceitos Preliminares de Curso (CPC), que incluem a nota do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), aplicado no ano passado. A média do CPC é resultado de um balanço entre a média da nota correspondente ao Enade, a titulação dos professores e ao seu regime laboral e nos índices de infra-estrutura e organização didático-pedagógica da instituição. O principal destaque da UEM foi o curso de licenciatura em Filosofia, que ficou com conceito 5, tanto nos CPC quanto no Enade. Confira a planilha completa do CPC neste link.

Segundo a pró-reitora de Ensino da UEM, Ednéia Rossi, mais uma vez a Universidade conquista um excelente resultado nas avaliações do MEC, fruto da dedicação e do trabalho de toda a comunidade universitária e de políticas que possibilitam a qualificação de professores e técnicos. “A universidade colhe o resultado do conjunto de esforços de todos os sujeitos que se dedicam e que fazem a diferença na construção da excelência da UEM”, conclui a pró-reitora.

Para o reitor Júlio Santiago Prates Filho, esta conquista vem no momento oportuno, mostrando que a UEM continua se destacando. Na avaliação dele, o resultado divulgado pelo MEC vem em reconhecimento ao corpo docente e de agentes universitários e ao empenho dos estudantes. “Isso sem dúvida aumenta nossa responsabilidade. Vamos comemorar, mas com cautela, sabedores que temos que avançar ainda mais, procurando aliar o crescimento quantitativo com o qualitativo”, acrescenta o reitor, para quem, o desempenho da UEM coloca a Universidade Estadual de Maringá como uma das principais instituições de ensino superior do País.

Noticia retirada so site da UEM: http://www.uem.br/index.php?option=com_content&task=view&id=6169&Itemid=1

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Amanhã (04/11) ato pela ampliação da matriz curricular do Ensino Médio das escolas do Paraná.

O Governo do Estado do Paraná, mediante atitude impositora, diminuiu as aulas de Filosofia, Sociologia, Educação Física, Lingua Estranheira Moderna e Artes da matriz curricular do Ensino Médio, com o intuito de aumentar as aulas de Português e Matemática.
Quando era, apenas, desconfiado a possibilidade de mudança da matriz curricular, houve muitas discussões no âmbito escolar, principalmente quando o NESEF (Núcleo de Estudos Sobre o Ensino de Filosofia) lançou uma critica sobre a possibilidade de tais alterações, que passariam por cima da opinião pública. 

(Leia o manifesto acessando o seguinte link básica.http://tocadasofia.blogspot.com.br/2012/09/manifesto-de-apoio-ao-posicionamento.html ).

Vários núcleos de filosofia e sociologia surgiram pelo Estado do Paraná,  construindo abaixo - assinados, enviados para a SEED - Secretária de Estudação do Estado do Paraná, mostrando repúdio a proposta do Governo do Estado, e mobilizando a população para atentar-se a decisão de sucatear, ainda mais, a educação do nosso Estado.
Visando um aumento nas estatísticas do IDEB (responsável pela avaliação da qualidade de educação) o Governo decidiu reduzir disciplinas, para dar lugar as aulas de Português e Matemática, lembrando que apenas estas duas disciplinas sãp utilizadas como referencia para a avaliação feita pelo IDEB, que dirá se o nível de educação subiu ou não. Mas será que esse método de avaliação tem sido válido para avaliar a qualidade de ensino?
Menosprezando a função das demais disciplinas, o Governo do Estado aumentou a matriz curricular de Português e Matemática e como resultado dessa alteração, as demais disciplinas tiveram suas matrizes reduzidas. A atitude do Governo do Estado passou por cima da opinião pública ao recusar-se dialogo com a comunidade escolar, impondo sua decisão goela abaixo dos educadores e estudantes. Mas nós temos a consciencia de que, reduzir aulas só prejudicará a Educação, por isso, não reconhecemos real preocupação do Governo com a nossa educação, não mais que com as estatísticas do IDEB que visa uma falsa idéia de educação de qualidade, desde que nada dizem sobre o que realmente é a nossa educação. De repente a que está em penultimo lugar no ranking de avaliação de qualidade de educação dos Países em Desenvolvimento?

Por isso afirmamos nosso compromisso com a luta contra a redução da Matriz Curricular defendendo que uma educação de qualidade é aquela que reconhece todas as disciplinas como importantes, por isso, queremos a equiparação/ampliação das aulas para todas as disciplinas, além de mais investimentos em infra-estrutura e o reconhecimento do educador.

VAMOS TODOS AS RUAS NESTA TERÇA-FEIRA (04/12) DIZER NÃO A POSTURA IMPOSITORA DO GOVERNO DO ESTADO E EXIGIR A AMPLIAÇÃO DA MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO MÉDIO. NÃO QUEREMOS REDUÇÃO, QUEREMOS INVESTIMENTO NA EDUCAÇÃO.

Concentração às 08h30min na praça Rapouso Tavares, e em seguida, seguiremos em caminhada até o núcleo de educação.


Eu que não me sento
No trono de um apartamento
Com a boca escancarada
Cheia de dentes
Esperando a morte chegar...
 Raul Seixas

Abaixo segue mais informações: