Não é cena inédita episódios como o do corte da verba da educação, destinada as IES. A atual gestão do Governo do Estado do Paraná (Beto Richa – PSDB) adotou essa política de privatização ao tirar dinheiro das IES pública. Atitude que tem contribuido para o sucateamento da educação superior, que caminha para o que aconteceu com o ensino básico. Assim, podemos dizer a respeito de um sucateamento de nível nacional, que vem acontecendo à longa data.
Se a nossa bandeira de luta é “uma educação de qualidade para o Brasil”, há por isso a necessidade de concentrarmos esforços para uma luta eficaz, para isso, faz-se necessária a união entre todos os estudantes da nossa e de outras universidades. Sem a união dos estudantes e sem articulação política, o que haverá, é um movimento desorganizado e disperso, que contribuirá para que a condição das IES não só permaneça, mas que se agrave ainda mais.
Vale lembrar que o movimento estudantil da UEM encontra-se enfraquecido, diante episódios de segregação. Insatisfeitos com as pichações na universidade, com episódios como queima de pneus nos portões da UEM ou pichações nos Centros Acadêmicos que visam ofender os estudantes de determinados cursos, muitos alunos tem demonizado o movimento estudantil. Vale lembrar que tais atitudes são reflexos da falta de consciência de "estudantes" que não respeitam a diversidade de opiniões e ideias presentes em nossa universidade, que com atitudes fascistas, visam reprimir os que pensam diferente deles, excluindo qualquer possibilidade de discussão, visando um afronte imediato.
Agora, que professores e funcionários tentam se unir aos estudantes na busca de soluções para os problemas da universidade, o que se vê, é estudante torcendo o nariz quando ouve o nome “movimento estudantil”. E mesmo o forte indicativo de greve dos professores ter gerado um clima de medo e incerteza em toda a universidade, os estudantes, como um todo, se omitiram da participação de tais discussões. Mas como questão de informe, vale esclarecer que o governo enrolou as categorias, funcionários e professores, quanto à resposta prometida para reajustes salariais. Mesmo com contrapropostas insatisfatórias, foi decidido em assembleia que os professores acatariam tais propostas, de um reajuste parcelado em 4 anos. Mesmo com os funcionários contra a proposta feita pelo governo, e com a possível dificuldade de receber parte do acordo de reajuste, devido a manobra política do governo do Estado para manipular os docentes nas próximas eleições, decidiram por se ausentar da luta por salários mais dignos. Mesmo com os docentes acatando as propostas, os funcionários continuarão a luta, assim como os estudantes que não tiveram nenhuma reivindicação atendida, desde a promessa feita pelo governo do Estado durante a ocupação da Reitoria no ano passado.
Os servidores têm até 24 de Abril para receberem a contraproposta do governo. Foi deliberado na assembleia dos estudantes dia 20 que seria entregue uma proposta ao reitor no dia 28 de Março e que será dado um prazo de 15 dias para se posicionar. A proposta diz respeito basicamente ao que o reitor já tinha se comprometido em fazer e até agora não fez, como também diz respeito à ratificação do reitor em cumprir realizações futuras no seu devido prazo.
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