terça-feira, 1 de maio de 2012

Até quando vai ficar sem fazer nada? (Sobre os critérios meritocráticos da inciação científica)

Carta enviada ao DCE - Diretório Central dos Estudantes, gestão Movimente-se UEM, e demais entidades estudantis da UEM CA´s - pedindo apoio as reivindicações dos estudantes de filosofia a respeito dos critérios meritocráticos da iniciação científica.


Até quando vai ficar sem fazer nada? (Gabriel o Pensador)

Nota de repúdio sobre os critérios meritócráticos para “iniciação” científica

Até o ano de 2009, o estudante que quisesse fazer um PIC (projeto de iniciação científica) necessitava apenas, desenvolver um bom pré-projeto e ter algum professor que estivesse apto a orientá-lo. Mas neste mesmo ano, os critérios para acesso a pesquisa foram alterados, com o intuito de limitá-lo ficando estabelecido que estariam aptos a participar do projeto de iniciação científica estudantes que possuíam no mínimo três reprovações, ou seja, 80% das disciplinas curriculares cursadas. Mas o que ocasionou tais mudanças?
As mudanças impossibilitaram os estudantes com mais de três reprovações a participar do programa de iniciação científica. Muitos estudantes, sem qualquer esclarecimento, que deveria ser feito no primeiro dia de aula pelos professores do departamento ou pelas entidades estudantis, que se preocupam com essa situação, como o nosso CAFIL, se frustaram quando tentaram submeter seus projetos aos critérios meritócraticos de iniciação científica, desde que, devido as reprovações, acabaram sendo inviabilizados de participar do programa, pois estavam aptos, depois das mudanças, apenas os “iluminados”, a pesquisar. Para esclarecer melhor essa situação, usaremos como exemplo um estudante, que no primeiro ano, com dúvidas a respeito do curso, abandona um semestre que possui cinco disciplinas. Tais disciplinas contarão como reprovadas em seu currículo, mas, posteriormente, este estudante resolve voltar para o curso, elimina esse semestre que ficou retido, e no ano seguinte, sem nenhuma dependência a cursar, resolve iniciar-se na pesquisa, pois conheceu um autor que o agradou muito. Este estudante, não terá condições de tentar submeter seu trabalho, pois na hora da inscrição uma janela piscará afirmando que você é incapaz de pesquisar, pois tem menos de 80% das disciplinas cursadas, ou seja, possui mais de três reprovação em seu currículo. (POR MAIS QUE TENHA ELIMNADO ESSAS MATÉRIAS, assim, matéria reprovada será sempre matéria reprovada, e quando você passar nessas disciplinas, será adicionado ao seu currículo novas disciplinas, com o mesmo nome, mas que você estará aprovado, as demais continuarão lá).
Agora partimos para outro ponto. Quando falamos “iniciação científica” pressupomos que os estudantes que participam desse programa estarão sendo inicializados a pesquisa. Se os estudantes estarão se dispondo a inicialização, esse não deveria ser um direito de todos os alunos que desejam partir para área de pesquisa? Proporcionar o acesso ao aprendizado é um direito de todos os estudantes. E esse “papo” de que somente os melhores deveriam ter a oportunidade de participar do programa de pesquisa é um discurso que vai contra a finalidade das instituições de ensino. ACREDITAMOS QUE TODOS TEM A CAPACIDADE DE APRENDER, TEM O DIREITO DE BUSCAR O CONHECIMENTO, E O QUE DEVE SER PAUTADO É O INTERESSE DOS ESTUDANTES, e garantir o acesso ao conhecimento é obrigação da universidade. Invalidar o estudante é desmerecer sua capacidade de evoluir. Acreditamos que ninguém é incapaz.
Como a discussão é, ainda, muito nova, há muitos pontos a serem levantados pelos estudantes na busca pela realização de seus direitos. Como por exemplo, os critérios meritocráticos para o PIBIC. Não temos informações sobre quantos interessados temos por ano e quantas bolsas há para serem disponibilizadas e se esses critérios são necessários ou não, diante dos fatores expostos. Mas é uma discussão que deve ser feita, e não deixada de lado, por simples comodidade. Também queremos saber em relação aos professores orientadores, quais são os critérios que o capacitam a orientação. Desde que tivemos informações de que não é qualquer professor que está apto a orientar os estudantes.
São muitas coisas a serem discutidas, desvendadas e mudadas. Mas para iniciar nossas revindicações, por critérios mais justos, exigimos que o DCE – Diretório Central dos Estudantes – gestão Movimente-se UEM, leve essa discussão ao CEP, Conselho de Extensão e Pesquisa, para que possamos discutir as alterações dos critérios, o que não foi feito com a comunidade acadêmica, apenas imposto, e tentar reverte-los para critérios mais justos, como os que tínhamos antes das alterações em 2009.
Pedimos a todos os estudantes, prejudicados ou não com essas mudanças, que cobrem uma posição das entidades estudantis que os representam, para que assim, possamos efetuar algo concreto e que é de direito nosso, estudantes da UEM. Essa mobilização pode  ser inicializada com o envio de cartas de repúdio à PPG, Pró-Reitoria de Pesquisa e de Pós-Graduação.

CENTRO ACADÊMICO DE FILOSOFIA – CAFIL
(Gestão Télos – 2011-2012)


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